China: Desafios sutis, impacto profundo  a influência Chinesa na erosão da democracia global

Publicado por: Editor Feed News
04/03/2024 21:09:36
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Divulgação/Redes Sociais/Captura de Tela
Divulgação/Redes Sociais/Captura de Tela

Relatório da Freedom House destaca estratégias autoritárias chinesas que afetam direitos políticos e liberdades civis em diversas nações

 

O mais recente relatório da Freedom House, divulgado nesta quinta-feira, ressalta o papel ativo e silencioso da China na minagem de regimes democráticos ao redor do mundo. A análise enfoca o declínio de 20% da população mundial em direitos políticos e liberdades civis, englobando 52 países, durante o ano de 2023.

 

O documento revela estratégias complexas adotadas pela China para minar a democracia em territórios estrangeiros. Um exemplo marcante foi observado nas recentes eleições presidenciais em Taiwan, onde a influência chinesa pairou como uma sombra. Relatos destacam reuniões convocadas pelo Partido Comunista Chinês (PCC), evidenciando a busca por métodos encobertos para influenciar as eleições na região.

 

As eleições em Taiwan enfrentaram uma intensa campanha de desinformação e mensagens manipulativas por parte de Pequim, que tentou enquadrar a escolha dos eleitores taiwaneses como uma dicotomia entre guerra e paz. Apesar desses esforços, o Partido Democrático Progressista (DPP) manteve a presidência, demonstrando uma resistência notável.

 

Além de Taiwan, a China é apontada por suposta interferência nas eleições federais no Canadá em 2019 e 2021, sendo alvo de um inquérito público. Nos Estados Unidos, o Departamento de Justiça acusou autoridades chinesas de assediar um ex-dissidente chinês que concorreu ao Congresso em 2022.

 

O relatório destaca também a deterioração dos direitos políticos em Hong Kong, onde o PCC eliminou a política "um país, dois sistemas". A Lei de Segurança Nacional de 2020 restringiu atividades políticas, levando à prisão de ativistas pró-democracia e suprimindo a dissidência, culminando no julgamento simulado do ativista Jimmy Lai.

 

No Tibete, a China mantém uma postura agressiva, reprimindo qualquer expressão de apoio à autodeterminação e buscando apagar a identidade tibetana. Essas ações contribuem para tornar o Tibete um dos lugares menos livres do mundo, com uma pontuação agregada inferior à da própria China.

 

Nesse contexto, a Freedom House destaca que a influência chinesa representa um dos maiores declínios na liberdade global em uma década. A sutileza dessas ações chinesas, que muitas vezes ocorrem nos bastidores, desafia a transparência e a integridade dos processos democráticos globais.

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